Quando você entra em uma faculdade não sabe quais serão os tipos de “seres” convivendo com você.Primeiramente acha que todos serão hostis, concorrendo para ver quem será o melhor no mercado de trabalho, afinal, você vê matérias sobre isso todos os dias.Aí para e pensa, deve existir gente que nem eu, poucos, mas devem existir.
Eis que começa a 1ª aula, e com isso a observar as pessoas tentando imaginar como cada um é. Este parece chato, aquela parece que curte noitadas, aquele é meio esquisito.E agora, como abordar estas pessoas?A principio seria fácil, senão fosse a timidez combinada com um professor antipático e que com certeza vai marcar a sua cara para o resto da matéria dele.Resultado, neste dia não se consegue falar com ninguém.
No 2º dia de aula parece que vai ser impossível mais uma vez falar com alguém.Mas no final da aula surgem uns vândalos berrando a seguinte frase: ”Perdeu calourada! Hora do trote!”.Os cabeludos já estavam apavorados, as garotas quase que chorando pensando na chapinha, nas unhas, na roupa e no resto dos acessórios.Resistir?Até se tenta....mas não se consegue.
Mochilas na mesa, um tênis também, anotações sobre o que é de cada um, e separa-se homem de mulher.O pessoal pela cara aparenta não acreditar que os vândalos fossem tão organizados e legais (até porque parecia que era execução de todos no paredão).Mas a aparência de “bonzinhos” acaba 1 minuto depois com o discurso de que é pra berrar frases grotescas sacaneando os outros cursos e que num sol escaldante de 40 Graus pedir dinheiro na praia, todos pintados, somente pra fazer uma chopada.
Grupo de 4 no máximo, cada um acaba falando, se conhecendo, passando por maus bocados e no final concorda que os vândalos são uns miseráveis ao fazer isso.No outro dia é a mesma coisa, mas termina ali.Depois vem a chopada e você entende a magnitude do evento, mas percebe que as pessoas não dão valor ao seu sofrimento no sol escaldante.
Passam-se períodos e mais períodos até que você acaba falando com os vândalos, fica amigo de alguns deles e percebe que se não fosse pelo trote, você não conheceria tanta gente e se adaptaria rapidamente à faculdade. É então que você diz, valeu pelo trote, mas mesmo assim vamos pensar numa idéia mais refrescante do que pegar dinheiro num sol de 40 Graus.